sexta-feira, março 31, 2006
saudades do pa-leio?
pois não te preocupes, o pa-leio tem um blog!!!
agora já não me sinto mal por não ter avisado quando era o próximo encontro nem qual é o proximo livro, porque agora já não me cabe a mim avisar, vou tentar mas já não prometo, agora é tudo por conta delas... sim as meninas do pa-leio, que tanto o desejaram e agora contam com muitos leitores na lista das reuniões.
o objectivo é manter todos actualizados sobre o clube do pa-leio, mas também sobre leitura em geral... não fossem elas amantes dos livros!
boa maninha! gostei!!!
quarta-feira, março 29, 2006
terça-feira, março 28, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
mais um!
Sem tempo para nada, a não ser para mandar beijinhos e dizer que ainda aqui estou - com o cérebro "deste tamanhinho" de tanto trabalhar e quase a cair para o lado de sono -, tinha de vir fazer um pequeno anúncio, o que à falta de actividade cerebral capaz de gerar um tema até dá muito jeito nos dias que correm: mais um blog amigo!
E olha q'isto é à confiança, porque ainda não tive mesmo tempo de o ver. Depois não digam que eu não sou amiga, não é senhor texugo?!?
E com direito a link e tudo!
http://b-where.blogspot.com
agora faxavor de começar a escrever para não me deixar mal!
bicuka: não me esqueci dos ficheiros que pediste... estou é à espera que os venhas buscar! Não dou mesmo ponto sem nó!...
posted by DARJELING
E olha q'isto é à confiança, porque ainda não tive mesmo tempo de o ver. Depois não digam que eu não sou amiga, não é senhor texugo?!?
E com direito a link e tudo!
http://b-where.blogspot.com
agora faxavor de começar a escrever para não me deixar mal!
bicuka: não me esqueci dos ficheiros que pediste... estou é à espera que os venhas buscar! Não dou mesmo ponto sem nó!...
posted by DARJELING
ah birthday gifts...
no, it's not my birthday! but it was... 4.5 months ago... anyway, i had a little party, or let's just say that i invited freinds for a game of pool in a bar here in Antwerp. seeing that i didn't have a lot of friends at the time, didn't know a lot of people, invitations weren't really tha case... and neither were gifts... i mean i like getting them, but i presumed that people who knew me for 4 months wouldn't exactly know what to give me. but they did!
they gave me 50euros of HABITAT CHECKS! which seems like a lot of money, and it is don't get me wrong, but it's very hard to HAVE to spend 50euros on something... i had thought of buying a lot of things, but when i got there this saturday, i noticed that in reality i didn't need anything... nothing in that shop would change my life for the better, just meant that i would have to clean more than i already do!!!
and then i saw it... there, standing tall, or at least 90cm tall... my first, shinning, small, green... BBQ!!!!!!!!!!!!!!!!!!
to tell you the truth i have no idea where to put it, but because habitat has decided to be the CHIC ikea, it came in a very small box, and supposedly all the pieces are inside there... and that means that until the sun decided to stay and join us for a barbeque in the square next to our house, we'll keep it in the closet!
but... isn't it cute???!!!!!!!
i had to buy other things to finish the 50euros, but the BBQ is the best part! thank you friends in Antwerp!!!!!
foto: www.habitat.net
they gave me 50euros of HABITAT CHECKS! which seems like a lot of money, and it is don't get me wrong, but it's very hard to HAVE to spend 50euros on something... i had thought of buying a lot of things, but when i got there this saturday, i noticed that in reality i didn't need anything... nothing in that shop would change my life for the better, just meant that i would have to clean more than i already do!!!
and then i saw it... there, standing tall, or at least 90cm tall... my first, shinning, small, green... BBQ!!!!!!!!!!!!!!!!!!
to tell you the truth i have no idea where to put it, but because habitat has decided to be the CHIC ikea, it came in a very small box, and supposedly all the pieces are inside there... and that means that until the sun decided to stay and join us for a barbeque in the square next to our house, we'll keep it in the closet!
but... isn't it cute???!!!!!!!
i had to buy other things to finish the 50euros, but the BBQ is the best part! thank you friends in Antwerp!!!!!
foto: www.habitat.net
domingo, março 26, 2006
sexta-feira, março 24, 2006
queres arrozinho doce?
aqui o tens... bom apetite!!!!
o arrozinho doce està aqui! é basicamente a cozinha de uma grande amiguinha minha e da sua mamã!!! fazem coisas optimas e ficam muito contentes quando alguém lhes dà receitas para ela "publicarem"!! ora eu não fui de modas... para o meu arroz doce, só mesmo um blog assim tão DOCE!!!
até deixaram escrever o texto e tudo!!!
agora resta saber se alguém o faz... e se fica bem... porque se não ficar... não vale a pena dizer!!! prefiro viver na ignorância!!!
hmmm... jà tenho àgua na boca
o arrozinho doce està aqui! é basicamente a cozinha de uma grande amiguinha minha e da sua mamã!!! fazem coisas optimas e ficam muito contentes quando alguém lhes dà receitas para ela "publicarem"!! ora eu não fui de modas... para o meu arroz doce, só mesmo um blog assim tão DOCE!!!
até deixaram escrever o texto e tudo!!!
agora resta saber se alguém o faz... e se fica bem... porque se não ficar... não vale a pena dizer!!! prefiro viver na ignorância!!!
hmmm... jà tenho àgua na boca
quinta-feira, março 23, 2006
quarta-feira, março 22, 2006
125 azul
Não era bem porque a noite já tinha chegado. Foi então na sexta-feira sobre a ponte com os phones no ouvidos, que pude finalmente começar a relaxar depois de uma semana"daquelas" em que pouco se dorme. O desejado fim-de-semana prometia e quase a chegar a Porto-côvo onde não ia desde os nossos saltos para o novo ano que já corre, a lei de murphy começa a confirmar-se: um furo no pneu seguido de uma odisseia para o trocar sem luz nenhuma, com um colete para 4 - sim, porque podia não passar ninguém , mas se aparecesse seria a polícia para nos multar! - e o carro perigosamente estacionado na berma daquela estrada mais estreita que eu sei lá. Afinal apareceu um vindo do nada, deu-nos luz com os faróis, inverteu a marcha e foi-se embora... enquanto isto eu lia uma revista dentro do carro "para evitar a multa", e agora que penso nisso deve ter sido essa luz acesa que descarregou a bateria. Castigo: sair do carro e empurrar, com uma breve "luta" para ver quem (não) vestia o colete. Lá nos fizemos ao caminho felizes por não "termos sido raptados num OVNI no meio da planície" - ninguém achou piada à minha deixa para tentar aliviar a tensão que parecia querer minar a nossa escapadela-, para passados 10 minutos, já junto ao mar, estarmos na iminência de atropelar uma ovelha que resolveu saltar da berma para ir passear à praia trazendo todo o rebanho atrás. Choveu toda a noite.
No dia seguinte um céu azul, o tal do 125 que teimou em aparecer, deixou-me fotografar a Casa das Artes de Sines e trazer na memória a tarde que merecíamos.
E ali apeteceu-me cantar "Viva o espaço que me fica pela frente E não me deixa recuar
Sem paredes sem ter portas nem janelas Nem muros para derrubar"... e naquele lugar "encerrado" apareceu mais azul, do verdadeiro.
Ainda com música, "a Naifa" deve levar-me de volta no próximo dia 14, e de preferência não "no carro do meu chefe" mas noutro, de gama baixa é certo, mas fiável assim como o meu que está lá para as curvas... e venham de lá as ovelhas.
posted by DARJELING
segunda-feira, março 20, 2006
às cegas...
"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."
Amyr Klink, em Mar sem Fim
...e com este simples texto começa um novo blog... nao é um blog qualquer, nem um blog igual aos outros, ou pelo menos quero acreditar que nao... é um blog criado com 3 meninas que um dia perceberam que as suas vidas nao se iam resumir ao quartinho na casa dos pais, à rua onde sempre brincaram, à comidinha sempre preparada por outros, à caminha sempre feita... e muito menos à cidade que sempre chamaram sua...
o www.as-cegas.blogspot.com é a historia, os pensamentos, as sensaçoes, os sonhos de quem um dia deixou para tràs o que mais adora, que passou a viver com memorias e recordaçoes de algo que lhe faz falta... de quem descobriu que o mundo é bem maior...
mas que no fundo sabe que o coraçao pertence sempre a um lugar mais distante...
é um espaço aberto... aberto a quem o quiser preencher, a quem quiser partilhar, a quem gostar de saber... viva ou nao em "casa", fora ou dentro de portugal, ame ou nao lisboa... é um lugar para qualquer experiencia.
espero que o leiam, que o usem, que o preencham de historias, de contos, de sonhos e de tantas outras manifestaçoes de saudade, alegria, tristeza, paixao, amor, rancor... em relaçao à vossa propria cegueira com que fazem por vezes as coisas mais simples da vida...
qual fogedelà... tapoé
ah e pensavam voçes que FOGEDELA era complicado de perceber!!!!
lindo!!! este post dedico-o à minha mae, porque decidiu hà una anos substituir a colecçao de TAPOés e cada vez que volto a Lisboa a colecçao é maior!!!!!
nao tarda vivemos numa casa feita de plàstico!... bem… pensando bem... até dava un projecto giro!
boa 2feira a todos.
quinta-feira, março 16, 2006
rua da judiaria...
"Vai fazer exactamente 500 anos, nos dias 19, 20 e 21 de Abril, que um cataclismo se abateu sobre Lisboa. A alma da Capital do Império sofreu um abalo tão grande – senão mesmo maior – quanto aquele que a haveria de destruir em 1755. Durante três dias, em nome de um fanatismo sanguinário, mais de 4 mil pessoas perderam a vida numa matança sem precedentes em Portugal.
Como vozes que teimam em emergir de entre as poeiras da História, cronistas como Damião de Góis e Samuel Usque deixaram relatos detalhados dos motins sangrentos. Contam os testemunhos que tudo terá começado na Baixa, no dia 19 de Abril de 1506, um domingo, na Igreja de São Domingos, quando alguém gritou ter visto o rosto do Cristo crucificado iluminar-se inexplicavelmente no altar. Em redor, gente que rezava pelo fim da seca prolongada que grassava pelo país clamou que era milagre. Entre eles, um judeu convertido à força terá tentado explicar que a luz que emanava do crucifixo era apenas um reflexo de um raio de sol que entrava por uma fresta. Terão sido as suas últimas palavras. Arrastado para a rua, o marrano e um irmão seu foram espancados até à morte. Os seus corpos mutilados foram arrastados para o Rossio e queimados em frente dos Estaus – onde décadas depois foi instalada a Inquisição. Eles eram apenas os primeiros de entre mais de 4 mil mortos – anussim, judeus portugueses, homens, mulheres e crianças, assassinados em três dias sangrentos.
Incitados por frades dominicanos, a multidão que entretanto se aglomerara decide partir em direcção da Judiaria, gritando “morte aos judeus” e “morram os hereges”. As incompreensíveis cenas de violência que se deram a seguir fazem parte de um pedaço da história de Portugal que a História resolveu esquecer. Conto voltar ao tema e às descrições desta tragédia de há 500 anos. Por agora, queria apenas deixar um apelo. Em Portugal comemoram-se há muito os grandes feitos da História, testemunhos quase sebastianistas de uma grandeza perdida. Que não se esqueça também a desgraça que prova ser mito a velha máxima do tal “povo de brandos costumes”.
Aqui fica o desafio: que no dia 19 de Abril vão à Baixa de Lisboa e no Rossio acendam uma vela simbólica por cada uma das vítimas. Quatro mil velas que iluminem a memória.
1506-2006
“Von dem Christeliche / Streyt, kürtzlich geschehe / jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona / ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri / sten oder juden , von wegen des gecreutzigisten [sic] got.”
Panfleto anónimo, impresso na Alemanha (presumivelmente poucos meses depois do massacre de Lisboa). O “progrom” de 1506 contra os judeus de Lisboa é descrito em detalhe e as matanças contadas ao pormenor. A gravura do frontispício mostra os corpos mutilados e envoltos em chamas de dois judeus portugueses, dois irmãos, os primeiros a morrer num massacre que vitimou mais de 4 mil pessoas.
(Gravura reproduzida aqui a partir de uma cópia gentilmente cedida pelo Hebrew Union College. O original, encontra-se na Houghton Library, Harvard University)
Nuno Guerreiro in http://ruadajudiaria.com/"
Como vozes que teimam em emergir de entre as poeiras da História, cronistas como Damião de Góis e Samuel Usque deixaram relatos detalhados dos motins sangrentos. Contam os testemunhos que tudo terá começado na Baixa, no dia 19 de Abril de 1506, um domingo, na Igreja de São Domingos, quando alguém gritou ter visto o rosto do Cristo crucificado iluminar-se inexplicavelmente no altar. Em redor, gente que rezava pelo fim da seca prolongada que grassava pelo país clamou que era milagre. Entre eles, um judeu convertido à força terá tentado explicar que a luz que emanava do crucifixo era apenas um reflexo de um raio de sol que entrava por uma fresta. Terão sido as suas últimas palavras. Arrastado para a rua, o marrano e um irmão seu foram espancados até à morte. Os seus corpos mutilados foram arrastados para o Rossio e queimados em frente dos Estaus – onde décadas depois foi instalada a Inquisição. Eles eram apenas os primeiros de entre mais de 4 mil mortos – anussim, judeus portugueses, homens, mulheres e crianças, assassinados em três dias sangrentos.
Incitados por frades dominicanos, a multidão que entretanto se aglomerara decide partir em direcção da Judiaria, gritando “morte aos judeus” e “morram os hereges”. As incompreensíveis cenas de violência que se deram a seguir fazem parte de um pedaço da história de Portugal que a História resolveu esquecer. Conto voltar ao tema e às descrições desta tragédia de há 500 anos. Por agora, queria apenas deixar um apelo. Em Portugal comemoram-se há muito os grandes feitos da História, testemunhos quase sebastianistas de uma grandeza perdida. Que não se esqueça também a desgraça que prova ser mito a velha máxima do tal “povo de brandos costumes”.
Aqui fica o desafio: que no dia 19 de Abril vão à Baixa de Lisboa e no Rossio acendam uma vela simbólica por cada uma das vítimas. Quatro mil velas que iluminem a memória.
1506-2006
“Von dem Christeliche / Streyt, kürtzlich geschehe / jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona / ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri / sten oder juden , von wegen des gecreutzigisten [sic] got.”
Panfleto anónimo, impresso na Alemanha (presumivelmente poucos meses depois do massacre de Lisboa). O “progrom” de 1506 contra os judeus de Lisboa é descrito em detalhe e as matanças contadas ao pormenor. A gravura do frontispício mostra os corpos mutilados e envoltos em chamas de dois judeus portugueses, dois irmãos, os primeiros a morrer num massacre que vitimou mais de 4 mil pessoas.
(Gravura reproduzida aqui a partir de uma cópia gentilmente cedida pelo Hebrew Union College. O original, encontra-se na Houghton Library, Harvard University)
Nuno Guerreiro in http://ruadajudiaria.com/"
quarta-feira, março 15, 2006
vaga verde... mas não tanto!
Hoje, a caminho do atelier, desenvolvi mais uma das minhas teorias "obsessivo -compulsivas". Tal como a "vaga verde" - aquela que nos permite atravessar a cidade sem ter de parar em nenhum sinal vermelho... coisa rara, mas que acontece - acho que existe a"vaga do peão": aquela que nos impede de avançar sem que se pare em todas as passadeiras! É que assim que deixamos um passar, vamos "ter" de parar nas seguintes. E se estamos atrasados, não vamos querer isso. Portanto bicuka, acelera quando um se fizer à passadeira: também deve dar de bicicleta!
É como no dia em que se faz o exame de condução: parece que a escola contrata figurantes para aparecerem em todas as passadeiras, e nas subidas tanto melhor!...
Portanto, a vaga do peão está para a vaga verde como o Ing está para o Yang, ou ao contrário... disparates!
Mas cuidado! Nunca te "deixes dormir", literalmente. Na semana passada fui apanhada desprevenida, e ao relembrar o episódio ao passar pelo mesmo sítio hoje de manhã é que me veio esta ideia da vaga.
Estava eu em "piloto automático" numa fila daquelas que anda a 5 à hora - e nem dá para tentar pôr uma segunda -, o típico pára-arranca, e sem dar por isso já estava com as duas rodas da frente numa passadeira. Um senhor começa a atravessar e eu não o vi: quando o da frente arranca eu arranco também, a uma velocidade rídicula mas já em movimento, e levo o senhor à frente, que começa aos saltinhos para trás a bater no capot. Deu-me um ataque de riso e não consegui parar o carro, e o senhor lá ia, arrastado à minha frente. Quando consegui reagir e travar, o senhor que estava dobrado sobre o meu carro lá saltou de novo para o passeio enquanto me chamava nomes feios, e o pior de tudo é que apesar de ter conseguido finalmente parar o carro, não conseguia parar de rir. Não, pióÓóór: pensava que ele ia ficar no passeio, e avancei ao mesmo tempo que ele voltou a saltar para a frente do carro. Desta vêz lá parei, não sem antes lhe dar outro "encosto". Foi péssimo, porque ele achou que eu estava a gozar e desatou a esbracejar e a dizer coisas que eu "não percebia", desta vez já com os vizinhos dos outros carros a olharem, incrédulos, para mim. Mesmo assim, não consegui parar de rir, o que deu mesmo a impresão de eu ser no mínimo louca. Mas tu sabes que eu não sou, ´né?
Pronto, o melhor é: se o peão já tiver dado um passo na passadeira deixa-o passar, mas se for só uma ameaça não te deixes enganar. É que quando se dá uma mão, querem logo o braço todo, e depois dá no que dá!
posted by DARJELING
terça-feira, março 14, 2006
xiiiiuuuu...
falem baixinho, senao o sol assusta-se... e foge...
pois é, hoje o sol decidiu vir passear à bélgica, ou pelo menos a antuérpia... tà calor dentro de casa e jà queima através do vidro...
uma das coisas de que gosto mais, é o cheiro da pele aquecida pelo sol... vivam os decotes!
oops... tà uma nuvem ali ao lado... xiiiuuuuu...
pois é, hoje o sol decidiu vir passear à bélgica, ou pelo menos a antuérpia... tà calor dentro de casa e jà queima através do vidro...
uma das coisas de que gosto mais, é o cheiro da pele aquecida pelo sol... vivam os decotes!
oops... tà uma nuvem ali ao lado... xiiiuuuuu...
segunda-feira, março 13, 2006
peço perdao...
sàbado...
almocei no IKEA!!...
eu sei eu sei, é imperdoàvel... mas calhou, là fomos os dois comprar uns apretechos necessàrios para a minha colecçao de sapatos, que nem eu percebi como cresceu tanto, e como nao podiamos là ir de bicla, até porque a LILLO foi ao médico, tive que pedir um carrinho emprestado a uma amiga, que so o podia emprestar de manha até depois do almoço...
ora... ninguém consegue estar no IKEA meia hora penso... acho impossivel, até porque primeiro que se consiga atravessar na totalidade...
ora, o restaurante fica mesmo "a meio caminho" e eu nao tinha tomado o pequeno-almoço com a pressa e jà estava a começar a ficar tonta com a pressao a descer... disse "vou so tomar café e comer um croissant"... mas o A.T. aquela hora jà morria mas é de fome de almoço, e vai dai que com a fila imensa que jà se concentrava em cima da cozinheira, decidimos "ok, mas so porque temos mesmo que comer!"
comi em 20minutos... porque perguntam voçes? nao, eu nao tinha assim tanta pressa, mas nao sei se conseguem imaginar a "cena": eu e o A.T. sentàdos numa mesinha minuscula, talk about minimalism, com talvez 20 macaquinhos a saltitar ao pé de ti, a gritar, a cair, e a fazer passagens de modelos (sim duas pitas de 8 anos e fazer de modelos!!).
entre maes de enfiavam FRIETJES na boca dos putos para os calar, e avos que jà nao conseguem acompanhar os miudos reguilas... enfim, imaginei que estaria a viver ao vivo a historia do MOGLI!!! parecia uma jungla... cheia de animais que saltavam de um lado para o outro como macacos pendurados na àrvores... até a tipica cena do miudo com o balao que insiste em bater na cabeça de desconhecidos vimos... so que o desconhecido era o A.T.........
fugimos...
é nestas alturas em que penso... porque? para que ter filhos?... basta nao ir almoçar ao IKEA e penso que ainda vai valer a pena!!!
almocei no IKEA!!...
eu sei eu sei, é imperdoàvel... mas calhou, là fomos os dois comprar uns apretechos necessàrios para a minha colecçao de sapatos, que nem eu percebi como cresceu tanto, e como nao podiamos là ir de bicla, até porque a LILLO foi ao médico, tive que pedir um carrinho emprestado a uma amiga, que so o podia emprestar de manha até depois do almoço...
ora... ninguém consegue estar no IKEA meia hora penso... acho impossivel, até porque primeiro que se consiga atravessar na totalidade...
ora, o restaurante fica mesmo "a meio caminho" e eu nao tinha tomado o pequeno-almoço com a pressa e jà estava a começar a ficar tonta com a pressao a descer... disse "vou so tomar café e comer um croissant"... mas o A.T. aquela hora jà morria mas é de fome de almoço, e vai dai que com a fila imensa que jà se concentrava em cima da cozinheira, decidimos "ok, mas so porque temos mesmo que comer!"
comi em 20minutos... porque perguntam voçes? nao, eu nao tinha assim tanta pressa, mas nao sei se conseguem imaginar a "cena": eu e o A.T. sentàdos numa mesinha minuscula, talk about minimalism, com talvez 20 macaquinhos a saltitar ao pé de ti, a gritar, a cair, e a fazer passagens de modelos (sim duas pitas de 8 anos e fazer de modelos!!).
entre maes de enfiavam FRIETJES na boca dos putos para os calar, e avos que jà nao conseguem acompanhar os miudos reguilas... enfim, imaginei que estaria a viver ao vivo a historia do MOGLI!!! parecia uma jungla... cheia de animais que saltavam de um lado para o outro como macacos pendurados na àrvores... até a tipica cena do miudo com o balao que insiste em bater na cabeça de desconhecidos vimos... so que o desconhecido era o A.T.........
fugimos...
é nestas alturas em que penso... porque? para que ter filhos?... basta nao ir almoçar ao IKEA e penso que ainda vai valer a pena!!!
sábado, março 11, 2006
Espelho meu...
Vi ontem com o meu J. o "Espelho Mágico" do Manoel De Oliveira com textos adaptados da "Alma dos Ricos" - da triologia do Princípio da Incerteza da Agostina. Daqui saem as palavras que servem de pretexto para o filme. A tal história da menina que cresce e se torna mulher na esperança de receber, só para ela, uma aparição da nossa senhora... que terá sido rica como ela, motivo suficiente para a receber. Sempre roadeadas e projectadas em inúmeros espelhos e nunca nos olhos uns dos outros - aqueles que costumamos chamar os espelhos da alma -, as personagens de palavras pesadas, não difíceis, só palavras, sustentam-se em imagens tranquilas que raramente servem de recurso para completar ou esclarecer as palavras que ouvimos - um caminho difícil esse de escutar palavras que foram escritas para se ler e não para se ouvir.
Sem criticar ou dar as "habituais 5 estrelas a qualquer trabalho do meste", porque o que procuro sempre no cinema é a experiência das imagens, das palavras, dos gestos, das insinuações feitas de luz, dos conceitos... especialmente dos meios para atingir os fins. É a esses recursos que presto atenção por inteiro ou num determinado momento, que às vezes pode ser uma palavra. E a palavra "vento", que eu e tu gostamos tanto, apareceu de surpresa e para explicar o que é uma verdadeira aparição. Ela é mais real que uma imagem, porque se sente. É como o amor, que não se vê.
Ainda citando o realizador em estrevista no outro dia ao magazine da 2 a propósito não do filme mas do estado das coisas em geral, disse - desta vez por palavras e não por imagens, mas com a mesma lucidez - que todos "somos tristes criaturas, não somos criadores". Não creio tratar-se de uma fatalidade. Não quer isto dizer que nos deixemos de ambições - como de tentar ter uma aparição só para nós, um milagre que nos torne especiais sem termos feito nada para isso; ou de criar coisas grandiosas, como desejamos com o nosso trabalho, como ele hoje ainda faz, ou nas nossas "arquitecturas" -, mas que somos todos iguais porque temos limites. E o limite é o impossível... depois disso, só um milagre!
posted by DARJELING
quinta-feira, março 09, 2006
foge de là...
era o distante ano de 1997, mais precisamente no mes de junho/julho... na longínqua cidade de Cambridge, MA nos EXates!!!
tinha eu os meus lindos e inocentes 17 anos (...se fizer as contas jà passaram 9 anos!), e os meus pais tiveram a belissima ideia de aceitar a minha loucura... ir 2 meses para HARVARD estudar arquitectura "porque eu vou precisar saber se é mesmo isto que quero", com mais a minha linda amiga do coração Ana Seruya e a sua prima Maria.
ora, não era para menos que nós tivéssemos super excitadas por saber que durante esses 2 meses até podiamos não arrumar o quarto, sair à noite, não estudar, e talvez até faltar às aulas! ...mas encontrámo-nos muito adultas, até faziamos sempre a caminha, arrumávamos tudo, saíamos mas não até muito tarde, e iamos sempre às aulinhas no grande edificio da GSD - graduate school of design harvard.
foram 2 meses espectaculares, para todas juntas, mas para cada uma individualmente... eu em particular.. enfim outro post, mas nao neste blog!!!
enquanto nos preparàvamos psicologicamente para irmos ter com a nossa "liberdade", os nossos pais reuniam-se uns com os outros para se prepararem também... decidiram, e até hoje os agradeço, que nós pobres criaturas não deviamos ir dormir num dormitorio de estudantes... mas sim num apartamento de 3 quartos individuais! ora bolas... là vai ter de ser!
e trataram também de nos arranjarem amizades, para se acontecessem alguma coisa, pois foi por isto que conhecemos a LUUSSE... esperem, ela chama-se (espero que ainda se chama, porque perdemos o contacto... não seria capaz de falar com ela agora... ia-me sempre lembrar desta historia) pois dizia eu, ela chama-se LUCIA em bom português... mas como emigrante açoriana nos EXtates, chamava-se a si mesma, LUUSSE... têm que prolongar o U!
ela era amorosa, todos os dias ou quase todos trazia-nos CHOCOLATE CHIP COOKIES, às quais ela chamava XUCULATE XIP CUUUUUUKES, mas óptimas, a Ana fazia questão de as comer todas e parece que eram muito boas!!!
era hàbito ir ter com a LUUSSE ao restaurante da universidade onde ela fazia a limpeza ao fim do dia, para ir buscar un sundae, cheio de gomas e bocadinhos de chocolate que ela dizia para levar, não era gràtis mas as doses eram gigantes pelo preço da pequena!
enfim, tornàmo-nos amigas, era muito amorosa.
um dia... one day...
triim triim, toca o telefone là em casa.
responde a Maria... 1 minuto demorou ela a desatar numa gargalhada nervosa.
não conseguia dizer nada, e só se ria, até que a Ana decide tirar o telefone e responde ela, enquanto a Maria se ria deitada no chao.
"Maria quem é?" perguntei-lhe
"ehehehehehehehhehehehe"
"mas quem é?"
"ehehehehehehheehehe"
desisti... a miúda nem sequer conseguia falar. olho para a Ana, e vejo que ela tb tinha cara de que não estava a perceber nada, mas tb não desligava o tlf... eu até pensava que era alguém a gozar, mas não, pelos vistos era alguém muito conhecido.
a Ana também começava a não conseguir conter-se no riso e antes que nao se conseguisse conter noutra coisa, atirei-me ao tlf, ansiosa por saber quem era e o que se passava.
"està? quem fala?"
"é a LUUSSE..."
"ah olà, como està? desculpe là a confusao, mas não conseguiam ouvir bem..."
"huh na fas mal. tãhva ãh dezer à AHNA ke no proxime sabade vos convide pare ir vere os FUUUUGUETZZ no rio, num barke no FOGEDELÁ."
"o que? desculpa não percebi"
"querem ir vere os FUUUUGUETZZ no rio, nuu barke no FOGEDELà."
"..."
"nã uvistezz?"
"não, é que se ouve muito mal. mas diga, quer nos convidar para...?
"vere os FUUUUGUETZZZ!"
"ver os?"
"FUUUUGUETZZ" neste momento jà gritava...
"foguetes????!!!???"
"seee! por cause do FOGEDELà!!! nuuu barke!"
"..."
"querx vire?"
"sim, sim, claro" para o quê e quando ainda não tinha percebido... eu estava à nora, e as outra ainda se riam mais quando eu olhava com cara de parva!
"OKAYYYY!"
eu jà nao aguentava de dores de barriga, quando ela disse aquele OKAAYYY super contenta, super americano!
"e quando?" perguntei eu...
"atãn, no FOGEDELÁ!!"
... fiquei petrificada... apetecia-me gritar e ao mesmo tempo cair no chao a rir, mas nao podia coitada...
"no quem?"
"NO FOGEDELÁ" ela acreditou mesmo que não se ouvia muito bem, então falava comigo aos berros!!!!!
...
...
"isso é quando??" EHEHEHEH AHAHAHAHAH IHIHIHIHIHI
"no sabade!!"
...
"ah ok, entao sabado. que dia é?"
"FOGEDELÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!"
eu jà chorava...
"huh?" ... perferi pensar um bocadinho... e là me lembrei que no sábado seria dia...
4 de julho...
"Lucia, no dia 4 de julho??"
"YEAH!!! NO FOGEDELà!!!!!!
...
"ai meu deus... no FOURTH OF JULY!"
"isse isse... sabezz, aqui é die IMPORTANT!!!"
jà passaram 9 anos... e NÃ consigo esquecer... mas isto tem muito mais piada quando eu faço o sotaque açoriano/americano! até tenho jeito!!!
tinha eu os meus lindos e inocentes 17 anos (...se fizer as contas jà passaram 9 anos!), e os meus pais tiveram a belissima ideia de aceitar a minha loucura... ir 2 meses para HARVARD estudar arquitectura "porque eu vou precisar saber se é mesmo isto que quero", com mais a minha linda amiga do coração Ana Seruya e a sua prima Maria.
ora, não era para menos que nós tivéssemos super excitadas por saber que durante esses 2 meses até podiamos não arrumar o quarto, sair à noite, não estudar, e talvez até faltar às aulas! ...mas encontrámo-nos muito adultas, até faziamos sempre a caminha, arrumávamos tudo, saíamos mas não até muito tarde, e iamos sempre às aulinhas no grande edificio da GSD - graduate school of design harvard.
foram 2 meses espectaculares, para todas juntas, mas para cada uma individualmente... eu em particular.. enfim outro post, mas nao neste blog!!!
enquanto nos preparàvamos psicologicamente para irmos ter com a nossa "liberdade", os nossos pais reuniam-se uns com os outros para se prepararem também... decidiram, e até hoje os agradeço, que nós pobres criaturas não deviamos ir dormir num dormitorio de estudantes... mas sim num apartamento de 3 quartos individuais! ora bolas... là vai ter de ser!
e trataram também de nos arranjarem amizades, para se acontecessem alguma coisa, pois foi por isto que conhecemos a LUUSSE... esperem, ela chama-se (espero que ainda se chama, porque perdemos o contacto... não seria capaz de falar com ela agora... ia-me sempre lembrar desta historia) pois dizia eu, ela chama-se LUCIA em bom português... mas como emigrante açoriana nos EXtates, chamava-se a si mesma, LUUSSE... têm que prolongar o U!
ela era amorosa, todos os dias ou quase todos trazia-nos CHOCOLATE CHIP COOKIES, às quais ela chamava XUCULATE XIP CUUUUUUKES, mas óptimas, a Ana fazia questão de as comer todas e parece que eram muito boas!!!
era hàbito ir ter com a LUUSSE ao restaurante da universidade onde ela fazia a limpeza ao fim do dia, para ir buscar un sundae, cheio de gomas e bocadinhos de chocolate que ela dizia para levar, não era gràtis mas as doses eram gigantes pelo preço da pequena!
enfim, tornàmo-nos amigas, era muito amorosa.
um dia... one day...
triim triim, toca o telefone là em casa.
responde a Maria... 1 minuto demorou ela a desatar numa gargalhada nervosa.
não conseguia dizer nada, e só se ria, até que a Ana decide tirar o telefone e responde ela, enquanto a Maria se ria deitada no chao.
"Maria quem é?" perguntei-lhe
"ehehehehehehehhehehehe"
"mas quem é?"
"ehehehehehehheehehe"
desisti... a miúda nem sequer conseguia falar. olho para a Ana, e vejo que ela tb tinha cara de que não estava a perceber nada, mas tb não desligava o tlf... eu até pensava que era alguém a gozar, mas não, pelos vistos era alguém muito conhecido.
a Ana também começava a não conseguir conter-se no riso e antes que nao se conseguisse conter noutra coisa, atirei-me ao tlf, ansiosa por saber quem era e o que se passava.
"està? quem fala?"
"é a LUUSSE..."
"ah olà, como està? desculpe là a confusao, mas não conseguiam ouvir bem..."
"huh na fas mal. tãhva ãh dezer à AHNA ke no proxime sabade vos convide pare ir vere os FUUUUGUETZZ no rio, num barke no FOGEDELÁ."
"o que? desculpa não percebi"
"querem ir vere os FUUUUGUETZZ no rio, nuu barke no FOGEDELà."
"..."
"nã uvistezz?"
"não, é que se ouve muito mal. mas diga, quer nos convidar para...?
"vere os FUUUUGUETZZZ!"
"ver os?"
"FUUUUGUETZZ" neste momento jà gritava...
"foguetes????!!!???"
"seee! por cause do FOGEDELà!!! nuuu barke!"
"..."
"querx vire?"
"sim, sim, claro" para o quê e quando ainda não tinha percebido... eu estava à nora, e as outra ainda se riam mais quando eu olhava com cara de parva!
"OKAYYYY!"
eu jà nao aguentava de dores de barriga, quando ela disse aquele OKAAYYY super contenta, super americano!
"e quando?" perguntei eu...
"atãn, no FOGEDELÁ!!"
... fiquei petrificada... apetecia-me gritar e ao mesmo tempo cair no chao a rir, mas nao podia coitada...
"no quem?"
"NO FOGEDELÁ" ela acreditou mesmo que não se ouvia muito bem, então falava comigo aos berros!!!!!
...
...
"isso é quando??" EHEHEHEH AHAHAHAHAH IHIHIHIHIHI
"no sabade!!"
...
"ah ok, entao sabado. que dia é?"
"FOGEDELÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!"
eu jà chorava...
"huh?" ... perferi pensar um bocadinho... e là me lembrei que no sábado seria dia...
4 de julho...
"Lucia, no dia 4 de julho??"
"YEAH!!! NO FOGEDELà!!!!!!
...
"ai meu deus... no FOURTH OF JULY!"
"isse isse... sabezz, aqui é die IMPORTANT!!!"
jà passaram 9 anos... e NÃ consigo esquecer... mas isto tem muito mais piada quando eu faço o sotaque açoriano/americano! até tenho jeito!!!
dia da mulher... só p'ra homens!
Eu sei que foi ontem, mas eu sou uma mulher no mínimo perguiçosa, e ocupada ao máximo nos dias que correm.
Então este dia - mais um daqueles que se não referissem no telejornal passa-me ao lado - foi passado entre homens. Durante longas horas no atelier, e à noite a ver a bola numa tasca. Sim, isso mesmo.
Então este dia - mais um daqueles que se não referissem no telejornal passa-me ao lado - foi passado entre homens. Durante longas horas no atelier, e à noite a ver a bola numa tasca. Sim, isso mesmo.
Entre os momentos altos do jogo, fartei-me de olhar à minha volta, distraída por uma criancinha que dava os primeiros passos agarrada ao armário dos talheres e às paredes de azulejo - enquanto ouvia o "francês" que saía das bocas masculinas de todas as cores e idades que ali se encontravam para o mesmo; este bebé vai ser no mínimo "bilingue", pensei com ironia... adiante! - na tentativa de que a cada momento aparecesse mais uma muher para além de mim e da minha irmã. Só as mesmas duas senhoras na cozinha, claro, e duas miúdas sentadas nas paletes de água do luso, que pouca saída deviam ter.
No fim do jogo perguntei: "alguém se lembrou por acaso que hoje é dia da mulher?". Ouvi de seguida: "Olha! ao menos hoje 6 mihões de mulheres não vão apanhar pancada em casa!". Apesar do exagero e depois de ter percebido que o número devia corresponder ao número de sócios do meu clube do coração, fiquei mesmo contente com o resultado. A dobrar.
Mesmo assim acho que vou continuar a ver os jogos mas é em casa, porque há territórios que ainda são nada neutros, isto é: só para homens. E ainda bem!
imagem d' A BOLA de hoje. http://www.abola.pt/ ;)
posted by DARJELING
quarta-feira, março 08, 2006
o post que nunca foi...
ora... foi precisamente o post sobre o PASSEIO BLOG no dia 27.12.05!
como é que nenhuma de nós se lembrou de aqui escrever sobre o passeio que se fez com a menina azul e a maffa ao castelo de S.Jorge.
estava um dia magnifico cheio de sol... e lá de cima a 4 giraças fartaram-se de conversar!!
a DARJELING lá percebeu finalmente que afinal o nosso blog até era lido por alguém para além de mim... durante uns longos minutos nem falou, estava estupefacta com a ideia de já não estar a escrever por escrever, já tinha público, e muitas vezes crítico!
...quanto mais se falava mais fomeca dos pastéis de Belém nos vinha... e lá fomos nós atacar os bolinhos!!! ah... ve-se mesmo que somos "turistas"... e a DARJELING lá fingiu também pertencer ao mundo de quem não tem acesso a estas coisas boas!!
porque eu vos garanto que aqui os da Sr.São não lhes chegam aos calcanhares...
ficou a promessa que repetiriamos este evento, quantas vezes fosse preciso... seguindo o ritual de sempre acabar o passeio em Belém, local sagrado para turistas, e para o, em tempos idos, trezedozesetentanove.
como é que nenhuma de nós se lembrou de aqui escrever sobre o passeio que se fez com a menina azul e a maffa ao castelo de S.Jorge.
estava um dia magnifico cheio de sol... e lá de cima a 4 giraças fartaram-se de conversar!!
a DARJELING lá percebeu finalmente que afinal o nosso blog até era lido por alguém para além de mim... durante uns longos minutos nem falou, estava estupefacta com a ideia de já não estar a escrever por escrever, já tinha público, e muitas vezes crítico!
...quanto mais se falava mais fomeca dos pastéis de Belém nos vinha... e lá fomos nós atacar os bolinhos!!! ah... ve-se mesmo que somos "turistas"... e a DARJELING lá fingiu também pertencer ao mundo de quem não tem acesso a estas coisas boas!!
porque eu vos garanto que aqui os da Sr.São não lhes chegam aos calcanhares...
ficou a promessa que repetiriamos este evento, quantas vezes fosse preciso... seguindo o ritual de sempre acabar o passeio em Belém, local sagrado para turistas, e para o, em tempos idos, trezedozesetentanove.
segunda-feira, março 06, 2006
domingo, março 05, 2006
bug´s life
Enquanto te rodeias de coisas bonitas para te sentires feliz na tua casa - que diga-se se passagem é a atitude certa - a minha enche-se de bichos paquistaneses: os piolhos, as lombrigas, a minha irmã... estou a brincar. Já não há vislumbre de epidemias, estamos todos saudáveis e muito felizes com a sua chegada, já para não falar no orgulho. Mas não é que a rapariga vem com uns hábitos estranhos - é giro ver que a cada volta se operam nuances na sua pesonalidade, para o bem e para o mal. Se estas experiências fortalecem o carácter, também tornam as pessoas estranhas! Eu que o diga, porque para além de acordar cedíssimo logo com vontade de falar, tem tanta paciência para tudo que até vê aqueles programas de animais com imagens muito lentas e grandes planos em que nada acontece a não ser a imagem em movimento de um qualquer bicho em todo o seu esplendor como desejaríamos que nunca nos fosse revelada dada a repelência que causa em nós sob a forma de um estremecimento involuntário que nos percorre todo o corpo. Se afinal fico feliz pela não contaminação, não deixo de lamentar que continue a insistir no tema e nos faça entrar pela casa através de um click no comando uma catrafada de lagartas de 50 centímetros.
Mas a coisa serviu para nos rirmos ao lembrar as colecções de bichos da seda - sim, porque os encarávamos como cromos vivos para a troca e não como bichos de estimação, apesar de lhes darmos nomes - que marcaram as nossas vidas, e a da minha mãe também que todas as semanas tinha de fazer umas "eutanásias", e dar-lhes o sumisso de formas criativas e cuidadosas às nossas escondidas, para não ferir a nossa susceptibilidade. Giro, giro, eram os encontros semanais na escola, normalmente à sexta-feira em que os levávamos em caixas de fósforos escondidas na mochila ao pé do lanche, para no recreio acompanharmos o crescimento dos bichos do resto da malta, fazer novas aquisições -a minha parte preferida porque podia finalmente trocar os obesos por uns mais maneirinhos e magritos que todos desprezavam mas que metiam muito menos nojo -, e adquirmos mais folhas de amoreira que um qualquer, o único fornecedor, trazia num saco para toda a gente.
A minha irmã confessou que não gostava nada dos bichos, e o J. que os detestava mesmo, mas tinham de os ter, como todos os outros. Não ficaram portanto deprimidos, como eu que até gostava da coisa, quando descobriram que as lagartas não se transformavam em lindas borboletas com asas tão coloridas como as que desenhávamos nessa fase em que os bichos da seda se haviam tornado numa obcessão colectiva. Fora até então para mim a única ninhada que consegui fazer sobreviver lá em casa por mais de uma semana, numa caixa de sapatos furada - agora que penso nisso até tinha alguma qualidade espacial com todas aquelas entradas de luz tão dramáticas e sensíveis, aplicadas à força com golpes de uma caneta bic na tampa da caixa da sapataria Bambi - que ia destapando para ver se os casulos já tinham dado lugar às espantosas borboletas. No dia em que destapei a caixa e vi um bando de traças gordas cor de ranho e asas rotas, dei um grito e despejei a caixa pela janela. Passado o trauma, deixei-me da criação de bichos para a plantação feijões pacíficamente deitados em caminhas de algodão dentro de frascos no parapeito da janela da cozinha. Cheiravam a esgoto, mas não se mexiam.
E os desenhos da turma passaram a revelar pés de feijão que subiam até às nuvens onde se encontravam lindos castelos.
posted by DARJELING