i could live with these...

better than those awful, ridiculous FROG shoes people are wearing...
if they'd only look at the right design for so much more feminine styles.

30.09.07 - 21.10.07

finalmente...
finalmente vou poder preencher as histórias da minha família com imagens, sons, cheiros, sabores e sensações verdadeiras. passei a vida toda a querer nascer onde eles nasceram, onde eles viveram porque morria de inveja de dias passados na praia, dias passados em cuecas e descalços no mato, dias que as cheias no Umbeluzi levavam o meu pai de helicoptero á escola, dias nos mercados, dias no colégio interno da mamã, dias em cidades com nomes como Manica e Machipanda, dias nas linhas de comboio que o avô ajudou a orientar, dias na Matola na casa da tia Dana...
dias eternos, infinitos... dias de áfrica

outros dias talvez, mas para mim foram dias das histórias de infância, histórias que ouvia antes de adormecer "ó avó, eu quero histórias verdadeiras... de quando eras pequenina!"

agora vou lá eu, não com eles, infelizmente, mas com ELE, aquele que me vai dar a mão durante o voo de 11horas (embora ele vá a dormir), aquele que me vai abraçar se as lágrimas caírem de tanta emoção, aquele que me vai ajudar a montar o livro das histórias...

eu, vou a moçambique

interrompo este precioso silêncio...

para te mostrar isto.o que é?
é o bolinho de anos MAI LINDO que alguma vez fiz!!!!!!!!!!!!!!
deixa-me usar os pontos de exclamação, porque isto É OBRA!

foi o bolo de anos que decidi fazer ontem para festejar os 24 aninhos da Giulia, italiana bailarina, pequenina e queridinha que merecia um bolo assim. claramente nenhum de nós, os outros 3, eu, A.T e Luca não desgostámos de nos deliciar com ele... mas o objectivo era mesmo fazê-la feliz!

antes deste bolo jantámos tomini e speck alla griglia con insalata di mele e bacon feito pelo o meu chef pessoal... ai, ai... come-se bem na minha casa!!!

quem quer vir cá?

se existe um paraíso... eu sei onde

aqui... aldeia de São Gião, Oliveira do Hospital...
silêncio é palavra chave, tranquilidade de espírito talvez seja o comportamento obrigatório... a natureza está presente o dia todo, em todo o lado.

as histórias desta casa poderiam encher salas e salas de bibliotecas, as pessoas que por aqui passaram, sempre da mesma família poderiam falar durante horas, dias, quando se lembram do que aqui passaram... descobri documentos da casa de datas como 1764, foi o mais antigo que encontrei, consegues imaginar o que por aqui se passou.

lembras-te do trabalho de Construções II na universidade que fizémos sobre este recanto da minha vida? não chegaste a lá ir... eu contei-te tudo, mostrei-te tudo com a minha memória, com a minha paixão por este lugar. e tu conseguiste apaixonar-te também.

este pequeno paraíso, pelo menos meu, está no meio de algumas obrinhas para o por ainda mais lindo. está neste momento a sofrer um bocadinho com algumas marteladas, mas quem lá está a trabalhar está a fazê-lo com muito carinho. e assim o espero... não cresci aqui, mas aqui vim muitas vezes em pequenina, nesta casa está constantemente uma presença forte, a dos meus bisavós. foi com eles que esta casa se tornou o que é hoje, foi com eles que chegou a nós os 4... e nós sempre a quisémos, porque connosco ela ficará sempre assim, linda e nossa!

a Casa das Varandas Altas... foi cenário de tantos sonhos que tive: da chegada do meu principe num cavalo branco, da minha eleição a presidente da Républica, da minha festa bombástica dos 18 anos (que nunca tive!), do meu futuro casamento, da infância dos meus futuros 5 filhos, da minha velhice, e acho que até sonhei viver lá para sempre...
mas, não fosse Lisboa a menina dos meus olhos citadinos... acaba por deixar São Gião limitada, e com esta vida de emigra, a férias, sestas, idas ao café, tardes a devorar livros, comer coisas pecaminosas, e até "dolce fare niente"

não me parece nada mal... já viste o tamanho do jardim agora? quantas pessoas se conseguem ali meter? ...nós só precisamos de 100 para o casamento... + os 200 habitantes da aldeia... mais o padre... enfim, ainda sobra lugar!

vou-te contar as minhas férias...

tudo começou com um erro: não levámos mapa connosco na viagem Antuérpia-Milão. "é sempre a descer, não é?"
parece que não... afinal dá mesmo jeito levar um mapa nem que seja porque em Antuérpia não existem tabuletas a indicar "900km para Milão"

mas há mesmo erros que vêm por bem. era o dia 07.07.07 e o Luca fazia anos, vai daí que quando nos perdemos na autoestrada que para nós ia em direcção á Suiça, ia na verdade em direcção a Paris... demos-nos de caras com o seguinte nome RONCHAMP... ora, éramos ou não 3 arquitectos? seria pecado não aproveitar esta nossa distracção!
sem presente de anos para o proprietário do veículo que nos levava a Milão, meu co-piloto, decidimos que não há melhor presente para o Luca, que irmos visitar uma das obras de arquitectura que sempre quisemos ver e nunca pensamos ver.

Chapelle Notre Dame du Haut de Ronchamp, Le Corbusier, 1950-54

faltam palavras para a descrever... arrepios durante os 40mins que lá estivemos, as fotografias não chegavam para conseguir guardar todos aqueles detalhes. tive que me deitar na relva um bocadinho, era demais para mim... o presente foi para todos, a surpresa para não esquecer e a paz para sempre.

desta vez, recuperados do choque arquitectónico, seguimos na direcção correcta, e com 1:30h de atraso em direcção á tão esperada cidade de Milão.
á nossa espera estava ela, a Maddalena, sobrinha n.3, 9 meses, 8 dentes e umas gargalhadas que derretem qualquer um!

entre amigos, "familia", shopping, jantares, almoços de piadine, entre outras coisas muito milanese... l'ho visto... IL DUOMO
4 anos... vai fazer 4 anos em setembro quando eu cheguei a Milão pela primeira vez com os meus pais e fomos logo vê-la, e ainda bem, no dia em que chegámos estavam a meter os andaimes para a restaurar... 4 anos durou o restauro da fachada principal... agora está lá, branquinha, enorme, linda... para daqui a outros 8/10 anos tapar-se de novo, para nova limpeza. trabalho contínuo para algo que vale verdadeiramente a pena.
8 dias em Milão... sentir-se em casa nunca teve tanto sentido... afinal sempre foram 3 anos, sempre foi onde eu me encontrei, onde eu explodi e onde me tornei no que sou hoje... para o bem ou para o mal.
"foi muito bom rever-te Milão... e foi óptimo perder-nos em Ronchamp."

quem não arrisca...

Emigrante que se preze faz um pé - um pezinho no meu caso- de meia e reza para que este cresça.

Na esperança de o ver ainda multiplicar sondei o meu pai que me disse "quem n arrisca n petisca" e me aconselhou a aplicar as minhas poupanças nuns certos fundos de investimento... de alto risco. "Ganho sempre", assegurou.

Resultado: no espaço de 15 dias uma perda astronómica. Volto a sondá-lo em pânico e obtenho como resposta: "Não te preocupes que no verão fica sempre em baixa". No verão?!? Qual verão??? Ponto um, apesar de ser agosto chove a potes e parece que estou ainda em fevereiro. Ponto dois, a minha noção de investimento é bem mais romântica e menos stressante. Da póxima invisto assim numa pequena obra de arte ou num set vintage de sala de jantar que era o que eu queria fazer.

Disposta a por os meus planos em prática e até porque se é para desperdiçar o meu suor com base num qualquer ditado popular que fez que com tanta facilidade pressionasse agilmente o meu teclado dando ordem para que os números que apareciam no saldo disponível passassem a estar "aprisionados" no espaço virtual onde os tais fundos - tão fundos que nem os vejo - habitam... resolvi ripostar com o "mas quem tudo quer tudo perde" e desatei numa pesquisa desenfreada pelo google "mo-bi-li-a-riiiii-o...vintage...retro..." e quiz o acaso que desse de caras com este post que me fez rir como ja não acontecia há muito.

posted by DARJELING

voltar... ao futuro

http://muitoblaser.blogspot.com/

voltar das férias tem claramente desvantagens... voltar ao trabalho, voltar a casa, aos hábitos que preenchem o teu dia-a-dia... a parte melhor realmente é ver os amigos que por um mês ficaram longe de nós, sem notícias, sem jantares, sem GIRLS'S NIGHT...
pois é... cheguei na 6feira, no domingo já tinha na agenda pequeno-almoço marcado com as meninas no bar com os empregados mais giros, o REVISTA... assim que cheguei vi-a lá ao fundo... havia qualquer coisa nela diferente... um sorriso enorme, os braços abertos para me receber depois de 30 dias sem o minimo contacto.
"tás tão bonita!" disse eu
"pois tou... TOU GRÁVIDA!!!!!"

sim... por vezes as vantagens do retorno valem muito mais a pena
em janeiro cá te espero menina bonita... sim, É MENINA!