conta-me uma história...

era uma vez uma ave...
vivia entre o frio e o medo
sempre que voava respirava ofegantemente entre o treceiro e a quarto batimento de asa
mas um dia o ar rarefeito achou caminho... e fez-se sentir na sustentação das asas da frágil ave, o disabor de perder sustentação.... o frio cortante do perfil da descida... a próximidade com o chão traziam lentamente recordações
recordações.... ou futurações...
indiferente ao processo natural da dinamica fechou as asas...
em peso morto deixou-se cair desamparada, trezentos pés por minuto... a uma velovidade de cem nós... respirava lentamente, desistira do seu principal objectivo............. a sustentação
dentro de poucos minutos a terra iria tremer certamente.... ou talvez não... pensava tranquilamente a débil ave, cem pés para o fim
30 segundos de respiração indiferente ao processo natural da dinamica fechou as asas...Ruizito diz:em peso morto deixou-se cair desamparada
trezentos pés por minuto... a uma velovidade de cem nós...
respirava lentamente
desistira do seu principal objectivo............. a sustentação
dentro de poucos minutos a terra iria tremer certamente.... ou talvez não... pensava ela
e sem perceber como, começou a ver a sua gravidade a diminuir...
uma força a contrariar o seu movimento descendente
era o efeito SOLO...
um efeito aerodinamico de aproximação à crosta terrestre por objectos de força gravitacional a queda era lenta agora... suave... quase perfeita
em harmonia bastou-lhe abrir as asas para planar
sentir de novo a sustentação
os vórtices voltaram às pontas de suas asas
e mesmo sem bater asas... deslizou junto ao solo
para uma aterragem perfeita
quase intencional, digna de uma ave potente de energia e abilidade
a ave respirou, olhou em volta, nehum ser viva a observava, voltou a bater asa, subio para a altitude de cruzeiro e retomou a sua rota anterior
...
sempre que pensares que tudo acabou
lembra-te que à forças invisiveis que esperam por ti
e te abraçam as quedas
*

r.p.m.