quinta-feira, fevereiro 21, 2008
domingo, fevereiro 17, 2008
ano novo: vida nova
Sim, não leste mal. Sim , estou aqui... e sim, é um novo ano. Na china.
Raramente se tem duas oportunidades como esta, e não tendo conseguido até agora cumprir a única resolução de fim de ano que insisto em fazer - escrever no blogue, por uma causa mais que nobre -, vai que na semana passada, posta a teoria da relatividade em prática, me vejo envolvida num acontecimento imposssivel de ignorar. Daqueles que não mudam as nossas vidas mas que se podem indentificar como catalizadores de uma enchorrada de acontecimentos.
Vinha do atelier por uma rua estreita, que se torna ainda mais estreita por causa de uma paragem de autocarro, e nesse aperto uma invasão de gente pequenina como eu, envergando fatos brilhantes de cores de pedras preciosas e muita lantejoula de plástico a fingir de ouro, derrama sobre a rua um som estridente e metálico misturado com muita batucada ao ritmo do qual se agitavam estandartes com mensagens que eu não conseguia ler. Mesmo que soubesse chinês, eles abanavam as bandeiras com tanto entusisamo...
Saíram da porta de um super mercado minúsculo que fica mesmo ao lado de um enorme onde toda a gente vai comprar batatas fritas e garrafas de bebidas energéticas.
O som estridente e de uma amplitude impressionante não parecia estar a ser produzido por aquele mar (eram para aí uns 30, mas o som fazia pensar tratar-se se um exército) de pessoas minúsculas. Parecia que um gigante tinha aberto as portas de um armário de onde tinham caído todos os tachos, panelas, pratos, copos e talheres gigantes como ele e que tudo se estilhaçava no chão da Georges Street. E os chineses celebravam, mesmo que o seu dragão não tivesse uma cauda digna de sessão de uma abertura dos jogos Olímpicos de Pequim - na verdade eram só dois homens bastante descoordenados, um para a cabeça outro para o rabo -, anunciavam à cidade a chegada do novo ano.
Só em casa, no google, consegui averiguar tratar-se do ano do Rato. Não custava nada terem uns ratos desenhados nas bandeiras!
O que é certo é que desde esse momento, a cada dia que passa sem escrever no blogue ouço um tilintar metálico na minha cabeça, até que hoje foi a primeira coisa que me ocorreu já consciente depois do sono. E aqui estou, porque do mesmo modo que naquele dia procurei o telemóvel no bolso e estiquei o braço no ar para registar o momento, há tanta coisa a contecer digna de registo, e parece que me esqueço que esta é a melhor forma de partilhar.
Realmente estes chineses são mesmo engraçados. Passam o ano todo a baixar a a cabeça cada vez que vou ao seu supermercado e digo "olá" ou aqui no prédio quando digo obrigada por segurarem a porta, e de repente vai de agitar a cidade desta maneira e de plantar na minha cabeca este cântico de harmonia estranha, que desde aquele dia soa cada vez que recebo um mail com mais uma novidade, mais um bocadinho de vida para viver.
Parece que este "mighty mouse" anda empenhado na sua missão de nos trazer um ano inesquecível. Feliz ano novo.
domingo, fevereiro 10, 2008
"voçê é igual ao Carlos Paião"
a senhora que nos parou na rua quando eu a o A.T. e o Pedro falávamos em português, dizia isto super contente enquanto olhava intensamente para oA.T.
"o quê?" - disse eu aterrorizada - "não parece nada"
"é igual, e eu que gostava tanto dele" - dizia ela entre suspiros
não descansei enquanto não cheguei a casa e procurei imagens do Paião...
quem conhece o meu A.T., sabe...
"o quê?" - disse eu aterrorizada - "não parece nada"
"é igual, e eu que gostava tanto dele" - dizia ela entre suspiros
não descansei enquanto não cheguei a casa e procurei imagens do Paião...
quem conhece o meu A.T., sabe...
Etiquetas: ele, embarrassing moments, musica, portugal